domingo, 8 de abril de 2007

Amazônia



Amazonas

Um imenso tapete verde formado por árvores. É assim que se vê a Amazônia do céu.
Mas se formos chegando mais perto, mais perto e mais perto , teremos surpresas entre as árvores da floresta: ali moram onças, macacos, araras, tucanos, tamanduás. Ali nascem plantas e flores raras. Ali existem rios enormes, cheios de peixes.
É tanta riqueza natural que o homem ainda nem conseguiu descobrir tudo que existe na Amazônia!
São milhões de espécies que ainda não foram catalogadas, um tesouro único no mundo. Isso sem falar na cultura dos primeiros habitantes da floresta, os índios, com quem não cansamos de aprender.
Além de ser um lugar exuberante, a floresta é também muito importante para a saúde da Terra. São as árvores que limpam o ar que respiramos, pelo processo da fotossíntese, em que as plantas absorvem o gás carbônico do ar e da água para obtenção de energia, eliminando na atmosfera o oxigênio, fundamental à vida. Dizem até que a floresta amazônica é o pulmão do mundo. Ela é tão grande que ocupa pedaços de nove países: Brasil, Venezuela, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

Etimologia


O nome Amazônia deriva de amazonas, guerreiras mitológicas. Segundo lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo comandada por Hipólita que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.

Índios


ÍNDIO É TUDO IGUAL, SÓ MUDA DE LUGAR?
Quem pensa que índio é tudo igual, está muito enganado. Entre as sociedades indígenas, existe uma incrível variedade de culturas, modos de vida, costumes, línguas, rituais. E na época do descobrimento essa variedade era muito maior. Basta imaginar que algumas nações indígenas brasileiras tinham a mesma população de países europeus daquela época.
LUGAR RESERVADO
Hoje em dia, a maior parte dos índios vive em reservas indígenas, que são áreas demarcadas e protegidas pelo governo. Está lá na Constituição: os índios têm direitos sobre "as terras que tradicionalmente ocupam". A área de uma reserva indígena deve incluir não só a aldeia (onde os índios moram em casas chamadas ocas) como também as terras em volta, onde se pode plantar, caçar, pescar. Na reserva, os índios mantêm seus costumes.
Mas isso não significa que estão isolados do resto do país. Eles participam da vida social, se candidatam a cargos políticos, reclamam da crise econômica e tudo mais.


Biodiversidade da Floresta Amazônica


PLANTAS E FLORES PARATODOS OS GOSTOS:

Estima-se que existam na Amazônia mais de 5 milhões de espécies vegetais. Desse total, apenas 30 000 foram identificadas. Mesmo assim, elas representam 10% das plantas que há em todo o planeta

Biodiversidade da Floresta Amazônica


A CAIXA-PRETA DA BIODIVERSIDADE:

Estimativas apontam que existam mais de 10 milhões de espécies vivas na Floresta Amazônica, das quais se conhece apenas uma ínfima parte. Cada hectare pode ter 300 tipos de árvore. Entre os animais, são milhões de insetos, centenas de aves e dezenas de primatas. No topo da cadeia alimentar reina a onça-pintada, o maior felino da América, hoje ameaçada pela caça predatória.

Tucano


Eles têm olhos azuis, com pupilas negras, e um bico comprido, amarelo e preto. O pescoço normalmente é branco. Os tucanos são aves coloridas e belas. São aves de pose também: têm o peito sempre estufado e um olhar distante. As penas do corpo podem ser de várias cores, dependendo da espécie do tucano e da região em que eles vivem: podem ser penas vermelhas, verdes, azuis e amarelas, sempre misturadas com as penas pretas.
Os tucanos vivem em bandos nas matas brasileiras. Eles são muito comuns na Amazônia e no Pantanal. Algumas espécies aparecem também nas regiões da Mata Atlântica, mais perto do litoral.
Os tucanos não são muito bons de vôo. De galho em galho, eles vão aos pulinhos. Cruzam o ar apenas quando precisam mudar de árvore. A maioria deles é vegetariana, alimenta-se de frutas e sementes. Algumas espécies, porém, também comem pequenos animais, como pássaros e ratos.
Os tucanos fazem ninhos nos ocos das árvores e as fêmeas botam de dois a quatro ovos por vez. Durante 18 dias elas chocam os ovinhos no ninho. Os filhotinhos de tucano nascem sem penas e ficam por um bom tempo no ninho: por 40 dias eles são alimentados pela mamãe tucano.
Existem muitas espécies de tucanos no Brasil. As mais comuns são o tucano-toco (Ramphastos toco), que vive cerca de 15 anos, o tucano-grande de papo branco (Ramphastos tucanos) e o tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), que vive até 40 anos e habita a Mata Atlântica.

Tamandua- bandeira


Ele é um mamífero quadrúpede assim como a vaca, o cavalo ou o cachorro. Mas nenhum bicho desse mundo pode ser confundido com um tamanduá: o bico fino e comprido, o corpo peludo e magro e o rabo que parece um espanador de pó fazem do tamanduá um bicho muito diferente.
Mais impressionantes são os hábitos alimentares desse bicho: o tamanduá é um aspirador de formigas. Como não é preciso muito esforço para comer formigas (e também cupins, que eles adoram), os tamanduás são banguelas, não têm nenhum dente na boca comprida e fina. E olhe que não ter dentes é coisa rara entre os mamíferos! Eles quase sempre possuem mandíbulas com duas fileiras de dentes. Para aprisionar os insetos, o tamanduá usa a sua língua fina, comprida e gosmenta.
Trabalho mesmo o tamanduá tem para abrir o formigueiro e o cupinzeiro. Para isso ele usa as garras das patas dianteiras, que normalmente têm três dedos. O esforço vale a pena: eles chegam a comer até 30 mil formigas por dia!
Um tamanduá normalmente mede 1,20 metros de comprimento. A longa cauda pode ter quase o mesmo tamanho do corpo: de 60 a 90 centímetros. Eles vivem nas florestas e no cerrado de toda a América do Sul e são muito comuns no Brasil (tamanduá - açu, tamanduá-grande, tamanduá-cavalo, jurumim, tamanduá-mirim, tamanduá-de-colete, papa-formiga). Dentre todas as espécies de tamanduás do Brasil, existe uma que está em extinção: o Myrmecophaga tridactyla ou tamanduá-bandeira. As fêmeas desse tamanduá têm um filhotinho por vez, quase sempre na primavera. Por ser muito pequeno e frágil, o filhote é carregado nas costas da mãe até cerca de um ano de idade. Depois eles crescem, viram exterminadores de formigas e cupins e podem viver por até 25 anos.





Pau Brasil


Hoje é artigo raro nas florestas brasileiras, mas na época do descobrimento, era tanto pau-brasil por aqui que o nome pegou e a planta acabou dando nome ao nosso país. O pau-brasil foi o primeiro produto explorado pelos portugueses quando chegaram às novas terras. Até 1530, o pau-brasil foi o único produto retirado da nova colônia. Do litoral do Rio Grande do Norte até a costa do Rio de Janeiro, o pau-brasil era a árvore dominante na Mata Atlântica brasileira.
A árvore, porém, não existia só no Brasil e já era conhecida na Europa antes da descoberta do novo mundo. Na época do descobrimento, os árabes comercializavam essa madeira, que iam buscar em lugares como Sumatra, Ceilão e Indonésia, e a vendiam nas rotas mediterrâneas.

Vitória-régia


Nos rios da Amazônia, uma planta de folhas verde-escuro bóia sobre as águas. A vitória-régia é uma planta aquática típica da região amazônica. Suas folhas são grandes e de formato circular, com bordas dobradas, formando uma espécie de bacia. Elas podem chegar a 2 metros de diâmetro. As folhas da vitória-régia conseguem suportar o peso de uma criança pequena sem afundar na água.
Suas flores podem ser brancas ou rosadas, normalmente misturadas ao amarelo. Elas possuem várias camadas de pétalas e, no meio, um botão circular onde ficam as sementes. As flores só se abrem de noite e podem ter até 30 centímetros de diâmetro. O perfume da vitória-régia é delicioso.
Existe uma lenda indigena a respeito da vitória-régia. Como suas flores abrem-se à noite, os índios a comparam à lua e às estrelas. Eles contam que certa vez, na Amazônia, vivia uma indiazinha que queria se transformar em uma estrela. À noite, ela gostava de olhar para o céu para admirar as estrelas. Ela achava que a lua poderia vir buscá-la na Terra e levá-la para o céu. Uma noite, a linda indiazinha debruçou-se na margem do rio, onde a lua cheia estava refletida. Ela ficou hipnotizada pela imagem da lua, caiu no rio e desapareceu dentro das águas. A lua então a transformou em uma vitória-régia. Por isso a flor da vitória-régia é chamada "estrela das águas".

sábado, 7 de abril de 2007

Desmatamento da floresta Amazônica


Apesar do desmatamento, a floresta amazônica ainda é a maior e mais rica floresta tropical do planeta, e ocupa quase a metade de todo o território brasileiro.
Só no Brasil, ela está presente em nove estados: Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, norte do Mato Grosso, leste de Tocantins e Maranhão.


As principais causas do desmatamento são :


  • Exploração da madeira

  • As queimadas para pastos e plantações


Campanha da Fraternidade 2007


Objetivo geral da CF-2007 é conhecer a realidade em que vivem os povos da Amazônia, sua cultura, seus valores e as agressões que sofrem por causa do atual modelo econômico e cultural,e lançaram um chamado à conversão, à solidariedade, a um novo estilo de vida e a um projeto de desenvolvimento à luz dos valores humanos e evangélicos, seguindo a prática de Jesus no cuidado com a vida humana, especialmente a dos mais pobres

Explicação do Cartaz

Parte superior do Cartaz, a terra seca e rachada representa a realidade de algumas partes da Amazônia durante a estiagem e adverte que, sem o devido cuidado, toda a região pode ser destruída. A abundante presença da água lembra que a Amazônia é uma importante reserva de água doce no planeta, além de transmitir uma sensação de transparência, força e vitalidade. O elemento principal do Cartaz é a vitória-régia, conhecida pelos índios como “panela de espíritos”. Considerada um dos símbolos da Amazônia, essa planta é forte e tem raízes profundas que tocam o leito do rio; ao mesmo tempo, é sensível, assim como o povo nativo da região, que sobrevive com muita garra, mas precisa do apoio fraterno de toda a sociedade brasileira. As três flores brancas e amarelas têm extrema relevância no Cartaz, uma vez que representam a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Essas flores lembram que a Amazônia é obra de Deus Criador e Providente entregue aos nossos cuidados. A criança representa os índios e toda a comunidade da região, suas crenças, sonhos e esperanças. Seu olhar inocente e o sorriso sutil são um convite à superação das dificuldades e à construção de um futuro melhor para a Amazônia. Ao mostrar o contraste entre a terra seca e a exuberância da água, o Cartaz chama a atenção para a devastação da Amazônia e o descaso com a vida. Representa a esperança de encontrar uma solução para os conflitos da região com base na solidariedade e no respeito às diferenças.